quarta-feira, 10 de março de 2010

Boas notícias

Manos!
Hoje não podia deitar-me sem vos escrever pois sinto que estivemos muito próximos durante uma boa parte do dia. Acompanharam-me em pensamento durante muito tempo e senti-vos muito perto, quase como quando estávamos juntos em Moçambique...
O dia começou cedo, pois eu e o Carlos tinhamos de ir tratar do visto a Maxixe, aos serviços de imigração. Apanhámos boleia com os padres até Lindela (lembram-se? Foi onde apanhámos o machibombo para Maputo por termos perdido o que passava no cruzamento espada!) e depois apanhámos o chapa até Maxixe onde fomos buscar o passaporte com o visto de um ano. Depois fomos até ao cais e apanhámos um daqueles barcos que atravessam aquela baía que tantas vezes sonhámos atravessar. Infelizmente não era um daqueles barcos à vela, mas ao início parecia, pois o motor demorou um bom bocado a pegar =) A travessia é realmente muito bonita e não parei de me lembrar de todas as vezes que pensámos em fazê-la! Regressar a Inhambane (ou será inhambame???) de barco foi melhor do que eu alguma vez imaginei...
Não tinhamos muito tempo para passear pois já era quase meio dia e o padre diamantino estava a contar conosco para o almoço, pois era dia de reunião dos chefes das missões e ele já sabia que nós iamos ter com o Padre Pedro e o Padre Juliano aqui de quissico. Então fomos logo directos ao mercado apanhar mais um chapa, desta vez com destino ao cruzamento espada! Quando estávamos quase a chegar liguei ao padre diamantino pois já estava quase na hora do almoço e ele pediu ao padre juliano para nos ir buscar ao cruzamento. Entrámos no jipe em direcção ao bairro das águas lentas e a emoção era forte, muito forte! Assim que estávamos a chegar à missão avistei a casa da Hélia e daquela outra menina que costumava brincar conosco à noite, à porta do refeitório, com a Naima e a Artemisa (lembras-te o nome dela Nuno?). Abri o vidro, meti o braço de fora e vi o sorriso dela enquanto gritava ruiééé...
Chegámos à porta do centro, estacionámos o carro e lá estava o Armando pronto para nos dar as boas vindas!
Logo a seguir conhecemos o Padre Gabriel (que pena que ele não acompanhou o nosso projecto...) que pareceu ser uma pessoa impecável, tal e qual como nos descreviam...
Conhecemos o Rui, que está no guiua desde que partimos, juntamente com a mulher dele a diana. Depois fui com o armando até ao refeitório visitar as mamãs que não me reconheceram logo mas que começaram a rir quando lhes lembrei a Rita e o Tsaca que faziam =)
Depois fomos juntos (sem essa coisa de mãos dadas que o Renato e o Armando faziam =) até à carpintaria, passámos pela escolinha, onde ainda lá estavam os desenhos e os nossos cocos, e fomos ao encontro do papa pedro, que ficou a trabalhar na missão com o papa rafael. Ficou admirado de ainda me lembrar dos nomes das meninas e disse que a mamã amélia, a Joaquina, a adelaide, a salima e o narcíso estão todos bem (Nuno, podes ficar descansado =). Disse que o Narciso já estava grande, que a Joaquina também estava grande e que já estava na primeira classe, e que a adelaide e a salima também estavam bem. Recordámos os papas e as mamas que estavam no centro naquele ano (papa arão, mateus e henriques eram os mais indisciplinados =)), as brincadeiras, as aulas, as visitas que faziamos às casas deles...
Depois fomos até ao refeitório onde já estavam a encaminhar-se todos para o almoço. À cabeceira da mesa estava Ele, juntamente com a irmã Teresa, o Papá Rafael, aquele padre que conhecemos na missão em Mongué, o padre gabriel, o padre diamantino e todos os outros.
Depois do almoço andei a correr de um lado para o outro porque os padres queriam voltar para Quissico. Quase não tive tempo para falar com a Irmã Teresa, mas deu para ver que continua na mesma =) A irmã Flora também, continua antipática, mas até me veio falar e pareceu sorrir um pouco, o que estranhei logo =) Soube notícias da irmã Isabel, que foi mesmo transferida para Maputo devido aos problemas de saúde. A irmã teresa contou que ela tinha passado muito mal e que esteve vários dias a acompanhá-la quando estava de cama, mas que conseguiu recuperar e que acharam que o melhor para ela era ficar em Maputo.
Antes de correr para o jipe tive ainda tempo de ir com a diana visitar a escolinha, ver o centro e o novo edifício que o padre diamantino mostrou orgulhoso, falar um pouco com o papa rafael e cruzar-me pelo caminho com o Jaimisse, com a promessa de voltar com mais tempo para conversarmos com calma.
Foi um regresso mais rápido do que esperava e foi estranho voltar à missão sem vocês e de passagem rápida. Mas voltei com o coração cheio por rever algumas das caras que nos maracaram tanto e que no fundo nunca sabemos se voltaremos a ver.
Tenho saudades vossas e de todos os momentos que passámos juntos!
Abraço forte,
Tamos juntos!
Mano Rui (o limpa-fundos)

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